Foto:Carolina Carvalho/Assessoria de comunicação do grupo
O grupo Teatro Por Que Não? está em São Paulo para um período de residência artística voltado à criação de um novo espetáculo de rua. A imersão, durante uma semana – de 19 a 27 de jullho, na Escola de Teatro de São Paulo, marca o início de um novo ciclo criativo para o coletivo, que completa 15 anos de trajetória neste ano.
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O processo que une pesquisa, deslocamento e experimentação artística é um dos principais atos comemorativos do aniversário. O intercâmbio é fruto de um edital submetido ao programa Aldir Blanc, de incentivo à cultura em nível estadual, e resultará em uma apresentação em Porto Alegre no final de agosto e, depois, a nova peça. A obra ainda não tem título definido, e deve ser maturada no decorrer deste ano. A expectativa do integrante Geison Sommer é que em dezembro já esteja pronta, mas há chances de estrear no primeiro semestre de 2026, após um período de imersão e ensaios que deve se estender por mais alguns meses.
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A proposta desenvolvida parte de experiências que já são conhecidas à Santa Maria, como o caso do espetáculo de rua "Amores aos Montes", que já esteve em vários pontos da cidade, mas agora com uma nova temática – os extremos eventos climáticos que afetaram o Rio Grande do Sul, inclusive Santa Maria.
– A gente fez um recorte a partir da ideia da questão das chuvas, das mudanças climáticas e, principalmente, como isso afeta o a nossa realidade aqui no Sul. Nós passamos por grandes catástrofes nos últimos tempos e, em função disso, o grupo pegou justamente esse recorte para desenvolver essa pesquisa dramatúrgica e de cena. Pegamos um pouco no contexto do teatro de rua, que é uma experiência já vivida, como no caso dos Amores aos Montes. E pensamos em levar a temática a diversos locais, pois entendemos que precisamos refletir, partilhar dos anseios. A residência é começar tanto essa pesquisa dramatúrgica, quanto estética, a partir das chuvas – detalha Sommer.
Grupo já está em São Paulo
Desejo para os próximos 15 anos
Ao projetar o futuro do Teatro Por Que Não?, Sommer destaca o desejo do grupo de fortalecer o trabalho em rede e ampliar os espaços de mobilização artística em Santa Maria. Um dos principais focos está no Espaço Cultural Victor Facim, que o grupo ajuda a gerir junto ao coletivo Teatro Universitário Independente (TUI). Além disso, preza por um maior diálogo com a comunidade, para a transformação por meio da arte.
– Uma das coisas é ver esse espaço despontando mais e servindo como um farol da cultura aqui de Santa Maria — junto com outros. Um mobilizador, um local de reunião e mobilização cultural, tanto nossa quanto dos demais artistas da cidade. E que esses próximos 15 anos sejam de muito trabalho, muita experimentação, e que a gente consiga dialogar com o público da cidade e também ter ele junto conosco para usufruir do nosso trabalho. Seja no palco, seja nas ruas, seja em apresentações em escolas, ou onde for que a gente estiver apresentando – projeta o ator.
Teatro Por Que Não?
Com funcionamento no Espaço Victorio Faccin, junto ao TUI, o grupo realiza apresentações com ingressos acessíveis e tem se aproximado de escolas e comunidades para democratizar o acesso à arte. Atualmente, conta com cinco integrantes. Atuam em projetos independentes e, muitas vezes, financiados por iniciativas de incentivo à cultura.
Atuam também formando novos artistas, com cursos que atendem jovens e adultos. Desde 2013, mais de 1 mil pessoas já passaram por formação cênica.
Mais informações – https://www.teatroporquenao.com.br/
Redes – @teatroporquenao
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